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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

SÃO VICENTE DENUNCIOU AS INJUSTIÇAS CONTRA AS CRIANÇAS


Denunciou, por exemplo, o modo de tratar os meninos expostos, as crianças que eram abandonadas à porta dos conventos e das instituições sociais da época. “São Vicente contou como eram vendidos aos mendigos, a oito soldos a peça; quebravam-lhe os braços e as pernas para excitar a piedade dos passantes para que lhes dessem esmolas, e os faziam morrer de fome” (ib., X,941). Nos dias de São Vicente de Paulo, a morte campeia solta por toda parte. Suas maiores vítimas: AS CRIANÇAS. Muitos pais, por desespero ou irresponsabilidade, abandonam seus filhinhos às portas das igrejas ou numa rua qualquer. Esfomeados e doentes, muitos deles morrem ali mesmo, sob o olhar indiferente dos transeuntes; outros são recolhidos pelo juizado de menores e levados a um albergue. Essas criaturas tornam-se conhecidas e tristemente famosas como as crianças “expostas”. Vicente toma conhecimento da situação. Vivem em condições tão precárias e desumanas, que o próprio Vicente comenta: Faz cinqüenta anos que não sobrevive nenhuma dessas crianças. Por um preço irrisório os mendigos compram esses pobrezinhos e mutilam parte de seus corpos, a fim de despertar a compaixão dos passantes e obter deles a esmola. Essa repugnante realidade estremece as fibras mais profundas do coração de Vicente e revolta-lhe o estômago. Com certeza não vai suportar que tudo continue como está. Na Paris do século XVII, surgiam cada ano 500 ou 600 crianças “filhas do Pecado, que eram recolhidas em uma instituição oficial, denominada O BERÇO. Poucas sobreviviam. Vicente estava no pleno fervor das suas obras quando lhe caiu nas mãos essa espantosa estatística: de 500 ou 600 enjeitados hospedados num ano na “couche” (era este o número de crianças expostas que, apenas em Paris, a miséria e libertinagem ofereciam todos os anos à piedade pública) depois de uns dez anos não se encontra nenhum com vida. Vicente aprofunda o inquérito e descobre que na “couche” ninguém se ocupa dos pequenos “expostos” apenas sejam desmamados, mas as amas degeneradas e mal pagas que os guardam com gosto se desembaraçam deles, cedendo-os ao primeiro impostor que usa deles para os seus objetivos infames, como partir-lhes os braços e as pernas para excitar a compaixão dos transeuntes e obter esmolas. Vicente não faz escândalo. O mundo é que precisa de escândalos para comover-se. Depois quer inquéritos e processos. Tudo bem. Mas Vicente sabe como acabam essas coisas, ou antes, como acabavam no seu tempo. Instaurar-se-á um processo, mostrar-se-á que as crianças estão bem na “couche”, que engordam como perús e nas festas civis recitam poesias em honra do Rei. Depois a diretora folgazona será substituída por outra rabugenta e de mão leve e as crianças continuarão a morrer sem tanto barulho e sem perturbar o sono e a digestão da gente de bem. Poucas sobreviviam. “Essas criaturinhas estavam muito mal assistidas: uma ama-de-leite para quatro ou cinco crianças” diz Vicente (XIII, 798), que acrescenta: “Vendiam-nas por oito soldos a mendigos que lhes quebravam as pernas e os braços, para excitar a compaixão dos que lhes dessem esmolas”... outras morriam de fome” (Ib.). Vicente encarrega-se totalmente da obra dos enjeitados. Afinal – diz ele – àquelas pequenas criaturas faltam apenas as mães; demo-lhes mães. Serão as suas Filhas da Caridade. Dá-lhes um regulamento com normas sábias para que as crianças cresçam sãs, leais, confiantes e sem complexos. Preocupa-se também com os seus pezinhos que não devem andar nus pelo chão; com a sua cabecinha que não deve estar exposta ao sol. Preocupar-se-á, sobretudo, que, a seu tempo, aprendam um ofício, para que não cresçam na ociosidade e naufraguem na vida. As Senhoras e as Filhas da Caridade, impelidas pelo Zelo de Vicente, vão se dedicar às crianças abandonadas; não vão apenas conservar-lhes a vida; ensinarão a ler e escrever, e, depois, um ofício, para que possam ganhar a vida. As despesas sobem; as Damas da caridade que tomaram a peito aquela obra manifestam a intenção de abandoná-la. Mas Vicente é inamovível: “Tendes tanto ouro e tantas medalhas em casa, que estão aí a fazer?” e não hesita em dizer à Rainha Ana d’Áustria: “uma rainha pode bem passar sem essas jóias”. Elas convencem-se. Será o pão garantido para os seus enjeitados. " QUE O SENHOR TE ABENÇOE E TE GUARDE; QUE O SENHOR FAÇA RESPLANDECER SEU ROSTO SOBRE TI E TENHA MISERICÓRDIA DE TI QUE O SENHOR SOBRE TI LEVANTE O SEU ROSTO E TE DÊ A PAZ." E QUE MARIA IMACULADA TE CUBRA SEMPRE COM O SEU MANTO PROTETOR. AMEM