![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFf6L4zO8GxqTWso2Xz8nO9TX7bkkfsh4GG811STAte28yJiQSpPOuTLEpPU2Tuqq6_4s3WKBslbCeREDa-hGNVI450Da4UmNLlCVL7ehrFtBweVUI1zlax_cJhx9gUiXOaLSBwNgAcw4/s320/Arca+dos+Sonhos.jpg)
Nós não respeitamos a criança porque ela tem muitas horas de vida pela frente.
Enquanto nossos passos tornam-se pesados, nossos gestos interesseiros, nossa percepção e nossos sentimentos empobrecem, a criança corre, salta, olha em sua volta, se maravilha e interroga em pura gratuidade. Ela desperdiça suas lágrimas e prodigaliza seu riso generosamente.
No outono, quando o sol é raro, cada dia bonito é precioso, na primavera as árvores são verdes de qualquer jeito. Não há necessidade de cuidar supérfluos, precisa tão pouco para a criança ser feliz. Não a tomamos a sério, nos livramos dela com piruetas, sem consideração pela exuberância da sua vida, nem pela sua alegria que ele dá com tanta facilidade.
Corremos atrás do tempo. Cada quarto de hora, cada não tem a sua importância, enquanto a criança tem todo o seu tempo, não arrisca faltar ao encontro com a vida.